quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Caralluma Fimbriata será retirada do comércio

Informação super importante, nesta última segunda-feira dia 20/12/10, a Anvisa proíbe a comercialização da Caralluma Fimbriata tendo em vista que não há qualquer comprovação em relação à sua segurança e eficácia. Ficaremos aguardando novas resoluções. Abaixo, a publicação da Anvisa.




A Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai intensificar o alerta à população sobre os riscos de consumir produtos de origem e efeitos desconhecidos que são comercializados sob a alegação de promover o emagrecimento.

A Anvisa informa que até o momento nenhum produto que contenha em sua composição a Caralluma Fimbriata

Por essa razão, uma resolução da Agência publicada nesta terça-feira (21/12) no Diário Oficial da União suspendeu a importação da Caralluma Fimbriata, além da sua fabricação, distribuição, manipulação, comércio e o uso em todo o território nacional.

A medida de suspensão de uso da Caralluma Fimbriata é diretamente dirigida à população, a quem a Anvisa recomenda que abandone o consumo desse produto, cuja composição não foi analisada pela Agência e que, por isso, são desconhecidos os efeitos adversos que podem trazer à saúde humana.

A primeira ação da Anvisa em relação às falsas alegações do produto de propriedades relacionadas a emagrecimento foi tomada no dia 3 de maio deste ano, com a publicação da Resolução RE 1992/2010, que proibia a propaganda de insumos anunciados como “naturais” e com propriedade capazes de acelerar a perda de peso, entre eles a Caralluma Fimbriata.

A resolução desta terça-feira da Anvisa amplia o que previa a RE 1992/2010porque  permite que, a partir de sua publicação, as equipes das vigilâncias sanitárias dos estados e dos municípios possam ir aos estabelecimentos comerciais e às farmácias para retirar o produto da prateleira.

Nesta visita de fiscalização, as formulações que contêm Caralluma Fimbriataserão isoladas pelos fiscais em embalagens que ficam lacradas até que a Agência conclua o processo administrativo sobre a presença dessa substância no mercado brasileiro.

Confira a resolução na íntegra. encontra-se regularizado no país, tendo em vista que não há qualquer comprovação em relação à sua segurança e eficácia.


Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/



segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Soja preta!

Muito interessante este artigo da nutricionista Giuliana Bastos Esteves, sobre a soja preta, vale conferir e aderir!


A soja preta é um excelente aliado à saúde, rica em isoflavonas e antocianinas, substâncias importantes para benefícios que serão descritos abaixo: 

- Emagrecimento 

A casca da soja preta tem um fitoquímico, a antocianina. Estudos comprovaram que essa substância age nos adipócitos (células de armazenamento de gordura no corpo) ajudando na produção de uma substância que queima a gordura armazenada nessas células e reduz a síntese de novos ácidos graxos e colesterol, provocando o emagrecimento. 

- Inibidor de fome 

A farinha da soja preta tem alto teor de fibras responsáveis por dar saciedade. 

- Aumenta a disposição 

É rica em proteína, substância essencial para transportar as vitaminas no corpo, combatendo a fraqueza e a anemia. 

- Evita doenças 

A isoflavona é antioxidante e, portanto, anticarcinogênica. As antocianinas previnem o câncer de mama e também ajudam a reduzir os níveis de LDL (colesterol ruim) e melhoram os valores de HDL (colesterol bom), amenizando o risco de doenças cardíacas, como infarto e trombose. O zinco combate gripes e resfriados, pois melhora o sistema imunológico. Além disso, as fibras solúveis previnem contra diabetes e auxiliam na redução triglicérides. É também rica em cálcio, mineral importante para a saúde dos ossos e dentes. 

- Previne rugas 

As isoflavonas e as antocianinas são antioxidantes, ou seja, agem contra os radicais livres e retardam o processo de envelhecimento da pele. 

- Combate a TPM e sintomas da menopausa 

Assim como a soja amarela, a preta também possui isoflavonas, que aliviam a tensão pré menstrual e também os sintomas da menopausa. 

A farinha de soja preta pode ser acrescentada à sucos, iogurtes, vitaminas, pães e bolos. Na forma de grãos, pode ser utilizada cozida como feijão, em sopas ou saladas. 

Além da soja preta, outros alimentos possuem anticianina, como açaí, cranberry, amora, cereja, cascas da uva roxa e jabuticaba.


Referência: www.nutrigiuliana.com.br

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Você conhece a Alfarroba?

Essa matéria da Karine Mendanha explica muito bem o que  é a alfarroba...será que ela pode tomar o lugar do chocolate?...será?

Nome científico: Ceratonia siliqua L
Nativa da Costa do Mediterrâneo, a Alfarroba (do árabe al karrub),  é uma vagem, semelhante ao feijão, de cor marrom escuro e sabor adocicado. É comercializada  na forma de pó. Além disso, é muito utilizada para substituir o cacau  na produção de chocolates.


É considerado um alimento saudável e de alto valor nutritivo. A alfarroba contém vitamina A, vitamina B1, B2, niacina, cálcio, ferro e magnésio . Contém elevada concetração de açúcares, quantidade insignificante de lipídios e baixo valor calórico.


Estudos recentes mostraram que a alfarroba tem grande quantidade de fibras solúveis, proporcionam retardo na absorção de glicose, redução no esvaziamento gástrico (maior saciedade), diminuição dos níveis de colesterol sanguíneo e proteção contra o câncer de intestino.

Além do mais, possui elevado potencial antioxidante, que auxilia no combate de radicais livres e doenças degenerativas.


 Na gastronomia, a alfarroba é usada para produção de chocolates, bolos, sobremesas, crepes e bebidas. Sendo utilizada  também nas indústrias alimentícias e farmacêuticas na produção de gomas e espessantes.




Em 100gramas de alfarroba em pó:
Quantidade (g)Energia (Kcal)Proteína(g)Carboidrato(g)Lipídios(g)Fibras(g)Sódio(mg)
1003800892,660


REFERÊNCIAS:
BEM ALIMENTADOS. Alfarroba. Disponível em: http://www.bemalimentado.com/Alfarroba.php. Acesso em: 29 nov. 2010.

ALFARROBA CURITIBA. Composição química. Alfarroba. Disponível em:http://www.alfarrobacuritiba.com.br/alfarroba-em-po.html. Acesso em: 29 nov. 2010.

INSTITUTO DE METABOLISMO E NUTRIÇÃO. Alfarroba. Disponível em:http://www.nutricaoclinica.com.br/201008031054/nutricao-clinica/alfarroba-voce-conhece-origem-valor-nutricional-e-sua-utilizacao. Acesso em: 29 nov. 2010.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cuidado com o excesso de antibióticos no início da vida!

Achei super interessante esse artigo e resolvi compartilhar aqui, fica o alerta!



Os bebês tratados com antibióticos parecem ter maior risco de desenvolver doença inflamatória intestinal no final da infância, segundo estudo publicado na edição de outubro do American Journal of Gastroenterology. Avaliando 36 crianças com colite ulcerativa ou doença de Crohn - as duas principais doenças inflamatórias intestinais -, pesquisadores canadenses descobriram que a maioria delas havia sido tratada com antibiótico no primeiro ano de vida.
As análises indicaram que, entre as crianças com doenças intestinais, 58% haviam usado antibióticos quando eram bebês, principalmente para o tratamento de infecções de ouvido, enquanto essa taxa era de apenas 39% entre as crianças livres da colite ulcerativa e da doença de Crohn. Assim, o uso desses medicamentos triplicaria os riscos de doenças do intestino na infância.
Entretanto, de acordo com os autores, o estudo não comprova que o uso de antibióticos causa doenças inflamatórias intestinais em algumas crianças - embora os resultados apoiem a ideia de que o equilíbrio das bactérias “boas” e “ruins” nos intestinos possa contribuir para esses problemas. Além disso, mesmo que a pesquisa comprovasse a relação entre uso de antibióticos e doenças inflamatórias intestinais, os riscos absolutos permaneceriam pequenos, visto que a taxa de novos diagnósticos é de 10 por 100 mil por ano.
Os pesquisadores destacam, ainda, que, além de fatores ambientais associados a essas doenças, como alimentação, infecções ou exposição ao tabagismo, há fatores genéticos que influenciam a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Por essas razões, mais estudos são necessários para desvendar o papel do uso de medicamentos no início da vida e o risco de doenças inflamatórias intestinais. Enquanto isso, os especialistas recomendam “evitar o uso indiscriminado de antibióticos” e debater riscos e benefícios com médicos.

Fonte: American Journal of Gastroenterology. 12 de outubro de 2010.

Acerte no vinho!

As doenças cardiovasculares (DCV) representam 30% de todas as causas de morte no mundo. A doença arterial coronariana (DAC) representa a 5ª causa de óbito em todo o mundo; para o ano de 2020 poderá ser a primeira causa de morte, caso não haja medidas preventivas desta doença.


A uva, o vinho e os produtos derivados da uva contêm grande quantidade de componentes fenólicos que agem como antioxidantes. O consumo desses flavonóides está associado ao risco reduzido de eventos coronários, e a ingestão de produtos da uva, incluindo vinho tinto e suco de uva roxa, inibe a agregação plaquetária. Em pacientes com DAC estas bebidas mostraram um efeito antioxidante potente, pois melhoraram a função endotelial, induziram a vasodilatação dos vasos arteriais e inibiram a oxidação do colesterol LDL. Essas propriedades antioxidantes são atribuídas à presença dos polifenóis na casca e sementes da uva.


Então, aí vão algumas dicas para acertar na escolha do vinho, vale lembrar que a recomendação é de um cálice por dia, não exagere! 


Algumas dicas práticas:
  • Vinhos Espumantes: combinam com sushi e sashimi, caviar, salmão defumado ou não, cozinhas picantes tais como mexicana, indiana, tailandesa, ostras, peixes defumados, mariscos.
     
  • Vinhos Brancos: mais delicados, combinam com carnes brancas, todos os tipos de peixes, massas e outros preparados com molhos mais leves, lagostas, camarão, frutos do mar, canapés,queijos mais suaves, legumes, suflês, saladas sem vinagre, quiches.
     
  • Vinhos Rosés: são menos fortes que os tintos, porém mais intensos e frutados do que os brancos. São versáteis e combinam com diversos pratos, desde que observados itens como corpo, acidez e intensidade do vinho e ingredientes do prato. Vão bem com salmão, massas,pizzas, paellas, massas e tortas de legumes, cozinha mediterrânea à base de azeite, frutos do mar, peixes e cozinha chinesa.
     
  • Vinhos Tintos: combinam com comidas com sabor acentuado como massas e carnes com molhos mais picantes, queijos maduros e fortes, vitelo, carnes grelhadas, cordeiro, frango, pato assado, pizzas e pratos bastante condimentados. Tintos mais leves e frutados como Pinot Noir e Merlot vão bem com pratos mais delicados, menos gordurosos;  já os tintos tânicos e pesados como o Tannat, Malbec e Cabernet Sauvignon são ótimas opções para carnes vermelhas com molhos suculentos, churrascos, caças.
Referências:
CHAVES, D. Harmonização: a arte de combinar vinhos e comidas. Belo vinho, 2010. Disponível em: <http://www.belovinho.com.br/artigo010.jsp>. Acesso em: 05 nov. 2010.
SiIRLEY JUNIOR. Harmonização Vinhos X Comida. Soffisticado, 2010. Disponível em: <http://soffisticado.com/gastronomia/harmonizacao-vinhos-x-comida-parte-iii>. Acesso em: 05 nov. 2010.
 GIEHL, Mara Rúbia; Bosco, Simone Morelo Dal; Laflor, Camila Maurente; Weber, Bernardete. Eficácia dos flavonóides da uva, vinho tinto e suco de uva tinto na prevenção e no tratamento secundário da aterosclerose. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 17, n. 3, p. 145-155, jul./set. 2007

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Como sobreviver à festas e eventos com buffet farto?!

O fim do ano chegando e com ele as tradicionais festinhas de confraternização e aí, de amigo oculto em amigo oculto, a dieta vai por água abaixo e com ela todo o esforço do ano inteiro mais aquela vontade de entrar o verão em forma! Hoje trago umas dicas para pelo menos tentar minimizar o estrago, sem perder nenhuma festa! Basta ter força de vontade e bom senso, a minha parte eu estou fazendo, agora é com você!

Dicas para não abandonar o plano alimentar em festas e eventos sociais:
  • Não vá com fome, se alimente antes com refeições que incluam proteínas e fibras, pois se sentirá mais saciado por mais tempo.
  • Beba muita água na festa, se for ingerir refrigerantes ou bebidas alcoólicas intercale com um copo de água.
  • Caso esteja sendo servido comida e você tenha a opção de servir seu próprio prato, evite pães, batata, queijo, biscoito, frituras, massas e prefira as proteínas e saladas.
  • Caso não tenha essas opções, compense os excessos com exercícios físicos antes e depois da festa.
  • Pondere-se, não radicalize!



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Abacate após atividade física!

Muito interessante esse artigo da Globo.com sobre os benefícios do abacate para praticantes de atividade física, uma forma muito saborosa de repor energia e nutrientes perdidos durante a atividade!


Uma hora de treino intenso no tatame e os atletas chegam a eliminar 700 calorias. Além da perda de energia, eles também sofrem desgastes nos músculos, ossos e articulações. A reposição é feita com vitamina de abacate.
"A recuperação do treinamento se torna um pouco mais rápida e como fonte de energia também é muito bom", diz Fábio Aranha, atleta.
"Introduzindo o abacate eu não sinto essa fome e eu tenho energia o dia todo", comenta Audrey Fais, atleta.
A recomendação aos atletas de karatê foi dada pelo pesquisador da faculdade de engenharia de alimentos da Unicamp que estuda as propriedades terapêuticas do abacate há 10 anos.
Segundo ele, além das vitaminas e minerais, a fruta tem o dobro de potássio encontrado na banana. É uma das maiores fontes de glutationa, um poderoso antioxidante com ação anticancerígena.
Edson Credídio explica ainda que o abacate ajuda a prevenir o reumatismo, evita doenças degenerativas e reduz os níveis de açúcar no sangue.
O pesquisador estudou o comportamento de 70 policiais militares que passaram a consumir duas vezes por dia 200 gramas de abacate, sem alterar o restante da alimentação. Depois de dois meses, 99% apresentaram resultados positivos.
"Ele abaixa o colesterol total, LDL, VLDL, triclicérides e aumenta o colesterol bom. Reduz significativamente doença cardiovasculares”, explica Edson Credídio, nutrólogo – Unicamp.
Para conseguir os benefícios é fundamental acrescentar o abacate em uma dieta equilibrada. Não adianta substituir as refeições por porções da fruta. Os efeitos no controle do diabetes, colesterol e prevenção do reumatismo, de acordo com o médico, podem ser verificados depois de dois ou três meses de consumo diário, mas um alerta: como o abacate é muito calórico não devemos comer mais que três colheres por dia.
"Bata o abacate sempre com leite desnatado porque tem mais cálcio, com uma colher de açúcar. O ideal seria manter como lanche e o que é importante no alimento funcional é a continuidade, não adianta usar esporadicamente, tem que usar diariamente", alerta o nutrólogo. 

Fonte: Globo.com - 31/03/10

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Composto de própolis pode inibir radicais livres ligados à obesidade

Achei muito interessante essa reportagem e resolvi colocar aqui pra  vocês tomarem conhecimento também: é uma pesquisa da USP, a pesquisadora Aline Camila Caetano está estudando uma substancia da própolis que pode ajudar no controle de obesidade e DMII, vale a pena ler!



O CAPE, substância extraída da própolis e testada em pesquisa da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP em Piracicaba (SP), apresenta potencial antioxidante. Isolado da própolis produzida pelas abelhas, o CAPE é um composto fenólico que possui várias atividades biológicas, como por exemplo o efeito anti-inflamatório e antimicrobiano. A sigla vem do inglês Caffeic Acid Phenethyl Ester.
Os resultados, obtidos pela pesquisadora Aline Camila Caetano em experimentos com camundongos, revelam que o CAPE pode combater a formação de radicais livres associados à obesidade e a doenças como diabetes tipo 2 e a hipertensão.
"O estudo verificou a propriedade antioxidante em modelo experimental de obesidade e estresse oxidativo em camundongos", conta a pesquisadora, formada em Ciências dos Alimentos.
Durante a pesquisa, grupos de camundongos tiveram obesidade induzida por uma dieta à base de gordura de porco, por um período de 8 semanas.
Em seguida, parte deles recebeu o CAPE por via oral, nas dosagens de 13 e 30 miligramas (mg) por quilo de peso, em período de 15 e 22 dias.

Depois desse período, foi verificada a atividade de enzimas associadas ao estresse oxidativo nos tecidos adiposo e hepático.
Nos camundongos que receberam a dosagem de 13 mg, verificou-se no tecido hepático que as enzimas tiveram um comportamento semelhante ao grupo controle, composto por animais não submetidos ao estresse oxidativo gerado pela obesidade.

"Não houve aumento da atividade das enzimas, o que evidencia um possível efeito antioxidante do CAPE", destaca Aline. "Também foi registrado uma redução da produção de peróxido de hidrogênio e da peroxidação lipídica, outro indício do efeito protetor do composto."
De acordo com Aline, a obesidade, devido ao maior consumo de nutrientes na dieta, leva a um aumento da glicose e de ácidos graxos circulantes no organismo, aumentando a produção de Espécies Reativas de Oxigênio (ERO) e radicais livres.
"Essas espécies estão associadas a doenças como resistência à insulina, diabetes tipo 2, esteatose hepática, hipertensão e risco de problemas cardiovasculares", ressalta. "O processo é conhecido como síndrome plurimetábolica."

O fígado, por ser um órgão com alta taxa metabólica, permitiu que o efeito antioxidante do CAPE estivesse mais presente e pudesse ser mais facilmente observado. No tecido adiposo, foram observadas poucas mudanças na atividade das enzimas, inclusive devido a dificuldade em se fazer análises na gordura dos animais", diz Aline.
A pesquisadora aponta que devido ao peso dos camundongos, a dosagem testada é muito pequena, o que leva a necessidade de novos experimentos com animais antes da utilização do CAPE ser tentada em seres humanos. "É um processo que deve levar alguns anos", observa. "Também será preciso estudar de que forma o composto seria administrado em humanos."
Fonte : Agência USP

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Valei-nos antioxidantes, valei-nos!

Os radicais livres são produzidos por modificações químicas de proteínas, lipídeos, carboidratos e DNA, resultando em uma variedade de consequências biológicas, incluindo lesão tecidual, mutação, carcinogênese, comprometimento do sistema imunológico, doenças e morte celular.
As lesões causadas pelos radicais livres nas células podem ser prevenidas ou reduzidas por meio da atividade de antioxidantes, sendo estes encontrados em muitos alimentos. Os antioxidantes podem agir diretamente na neutralização da ação dos radicais livres ou participar indiretamente de sistemas enzimáticos com essa função. Dentre os antioxidantes estão a vitamina C (ácido ascórbico), a glutationa, a vitamina E (β-tocoferol) e os carotenoides.
A produção contínua de radicais livres durante os processos metabólicos levou ao desenvolvimento de muitos mecanismos de defesa antioxidante para limitar os níveis intracelulares e impedir a indução de danos. Os antioxidantes são agentes responsáveis pela inibição e redução das lesões causadas pelos radicais livres nas células. Os antioxidantes são substâncias que, mesmo presente em baixas concentrações, são capazes de atrasar ou inibir as taxas de oxidação.

Alguns estudos realizados demonstraram que níveis plasmáticos elevados de antioxidantes estão relacionados com a diminuição de doenças cardiovasculares. O licopeno aparece atualmente como um dos mais potentes antioxidantes, sendo sugerido para a prevenção de câncer e doenças cardiovasculares por proteger moléculas com lipídeos, LDL, proteínas e DNA. Ele é encontrado em um número limitado de alimentos de cor vermelha, como tomates e seus derivados, goiaba, melancia e mamão. Segundo o estudo realizado em 2000, uma ingestão diária de 35 mg de licopeno é sugerida.

Em relação à biodisponibilidade, verificou-se que a ingestão de molho de tomate aumenta as concentrações séricas de licopeno em taxas maiores do que a ingestão de tomates crus ou suco de tomate fresco. O consumo de molho de tomate cozido em óleo resultou em um aumento de 2 a 3 vezes da concentração sérica de licopeno um dia após seu consumo, mas nenhuma alteração ocorreu quando se administrou suco de tomate fresco.
O licopeno consumido na forma natural é pouco absorvido, mas estudos demonstram que o processamento térmico dos tomates e seus derivados melhoram a sua biodisponibilidade porque rompe a parede celular e permite a extração dos nutrientes.

O licopeno é um eficiente inibidor da proliferação celular, sendo que os diferentes efeitos observados sob várias condições poderiam ser determinados pela concentração de licopeno
presente no local. O licopeno está distribuído em vários tecidos do corpo, sendo o fígado o órgão que mais acumula.
Depois de tudo isso, é possível concluir que o licopeno é um antioxidante que traz benefícios à saúde dos seres humanos que diminui ou inibe os danos causados pelo excesso de radicais livres. A principal fonte é o tomate na forma de molhos e pode ser obtido com consumo de 35mg de molho de tomate ao dia.

Previne-se já!


Referência Bibliográfica:
COSTA, Paula; Monteiro, Antonio. Benefícios dos antioxidantes na alimentação. Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 1, p. 87-90, jan./abr. 2009

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Obesidade infantil-juvenil, e agora?

É consenso que a obesidade infantil vem aumentando de forma significativa e que ela determina várias complicações na infância e na idade adulta. Na infância, tratar a obesidade pode ser ainda mais difícil do que na fase adulta, pois está relacionado a mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos que ela possa causar.

O ganho de peso na criança é acompanhado por aumento de estatura e aceleração da idade óssea. No entanto, depois, o ganho de peso continua, e a estatura e a idade óssea se mantêm constantes. A puberdade pode ocorrer mais cedo, o que acarreta altura final diminuída, devido ao fechamento mais precoce das cartilagens de crescimento.

O aumento na prevalência da obesidade infantil é preocupante devido ao risco aumentado que essas crianças têm de tornarem-se adultos obesos (estudos falam de risco 2 vezes maior que as crianças não obesas) e devido às várias condições mórbidas associadas à obesidade, que podem ser notadas a curto e a longo prazo. No primeiro grupo estão as desordens ortopédicas, os distúrbios respiratórios, a diabetes, a hipertensão arterial e as dislipidemias, além dos distúrbios psicossociais. A longo prazo, tem sido relatada uma mortalidade aumentada por todas as causas e por doenças coronarianas naqueles indivíduos que foram obesos na infância e adolescência.

No Brasil, assim como nos Estados Unidos e Europa, tem-se observado um aumento da prevalência de obesidade, o qual está estritamente relacionado com mudanças no estilo de vida (outros tipos de brincadeiras, mais tempo frente à televisão e jogos de computadores, maior dificuldade de brincar na rua pela insegurança) e nos hábitos alimentares (maior apelo comercial pelos produtos ricos em carboidratos simples, gorduras e calorias, maior facilidade de fazer preparações ricas em gorduras e calorias e menor custo de produtos de padaria).
Por ser a obesidade uma doença crônica, de difícil tratamento, associada a diversas condições mórbidas e cuja prevalência vem aumentando, a prevenção é o melhor caminho. E ela pode ser praticada com medidas simples e de baixo custo. Nesse contexto, vários autores levantaram a hipótese de que o aleitamento materno teria um efeito protetor contra a obesidade, obtendo resultados controversos e ainda não conclusivos.
Os esforços principais para a prevenção da obesidade na infância devem priorizar: evitar que as crianças de risco adquiram sobrepeso; e impedir a gravidade crescente da obesidade além de reduzir a comorbidade entre crianças com sobrepeso e obesidade. Essas ações preventivas contra a obesidade devem ser iniciadas já na primeira década de vida. A escola e os pais tem grande influência.

São necessárias ações integradas que visem à saúde das crianças, envolvendo famílias, escolas, comunidades e indústria alimentícia, além de um sistema de saúde que priorize a prevenção de doenças.


Referencias bibliográficas

BALABAN, Geni; Silva, Giselia A. P. Efeito protetor do aleitamento materno contra a obesidade infantil. Jornal de Pediatra (Rio J.) vol.80, nº1, Porto Alegre Jan./Feb. 2004

MELLO, Elza D. de; Luft, Vivian C.; Meyer, Flavia. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? Jornal de Pediatra (Rio J). 2004;vol.80, nº3, pág.173-82

TRICHES, Rozane Márcia; Giugliani, Elsa Regina Justo. Obesidade, práticas alimentares e conhecimentos de nutrição em escolares. Revista de saúde pública, 2005, vol.39, nº 4, pág 541- 547. São Paulo